sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Um coração agradecido

Assim como muitos se embriagam para conseguir a alegria deste mundo, é preciso estar embriagado do Espírito Santo para vivermos sempre contentes. Essa façanha só se torna realidade com Deus.
Só o coração contente é verdadeiramente agradecido. As insatisfações da vida vão obscurecendo a nossa visão das realidades espirituais; em certos momentos já não conseguimos ver Deus. Tal como a visão de Deus alegra nossa alma, não O ver traz tristeza e morte. Só o coração tem o poder de rasgar a tempestade de cuidados do mundo e fazer-nos ver o sol que, por trás das nuvens, continua a brilhar.
Devemos ao Senhor um agradecimento sem fim, por tudo o que Ele nos fez. Deus quer um coração agradecido, um coração capaz de reconhecer todo o amor, todo bem, toda a graça derramada sobre seus filhos. Deus quer que sejamos agradecidos para o nosso próprio bem, pois quem não se sente grato também não se sente feliz.
Um coração agradecido também pode ser conquistado, e aliás, precisa sê-lo.
Talvez tenhamos que começar a tomar uma nova postura, deixando de reclamar ou de fazer comentários desagráveis para sermos capazes de perceber e fazer bons comentários. Talvez seja necessário cortar de nossa vida a rabugice. No começo, não vai ser uma tarefa fácil, teremos que nos esforçar. Aos poucos, vamos nos tornando pessoas mais agradáveis, vamos aprendendo a agradecer a Deus pelos seus dons sem reclamar dos contratempos, das tentações, das contrariedades que nos atingem. Por fim, até sem perceber, estaremos agradecendo a Deus pelos males que se abatem sobre nós. O povo costuma dizer: Há males que vêm para o bem; e os cristãos dizem: Tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus!
Deus quer que – em todas as circunstâncias da vida – sejamos agradecidos, nas grandes e nas pequenas coisas.
Quando me dei conta de que era necessário agradecer ao Senhor, ficava boa parte do meu tempo tentando recordar as grandes coisas pelas quais eu deveria agradecê-Lo. Faltava-me a simplicidade. Eu não tinha entendido, ainda, que Deus não queria as palavras em virtude das grandes coisas que havia realizado em minha vida, mas Lhe interessava muito mais que o meu coração fosse grato, e isso eu conseguiria no agradecimento pelas coisas simples da vida.
Tudo acabou por se transformar em motivo de agradecimento. Tudo era razão para agradecer e eu realmente o fazia. Então, eu me descobri profundamente feliz, mergulhado numa alegria sem fim, satisfeitíssimo, sem necessidade de nada, porque já me sentia com tudo. E o segredo disso é que eu estava agradecido. O meu coração grato estava maravilhado com Deus. Como isso é bom!

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